sábado, 8 de outubro de 2011

Feliz aniversário!

Para estas aniversariantes, muitos parabéns:


Megan Maria, 25 de Setembro

Jennifer, 29 de Setembro


Que Deus as abençoe e lhes traga tudo de bom!

Poema de um emigrante

Poema de um imigrante
Nasci numa aldeia
na encosta duma serra.
É um jardim florido,
nesse jardim que descrevo
muitas flores nasceram
do cimo até ao fundo,
espalharam seus rebentos
pelos quatros cantos do mundo.
Não sei se é saudade ou amor
o que sinto pela aldeia,
só sei que me comovo e choro.
Dos tempos que eu aí vivi
e da família que aí deixei,
meu coração se alegra
minha alma desespera,
meus olhos choram por ti.
Ó meu Portugal querido,
ó minha aldeia amada,
que estão longe de mim,
penso voltar para vós
para não mais vos deixar.
Minha alma salta e ri
para quando vos poder abraçar.
Quando emigrei para longe
ao meu Criador pedi,
que guardasse os meus passos
para voltar para vós,
ajudando-me a regressar!
Deixei-te meu Portugal
com o coração a sangrar
quando embarquei
no navio Pátria,
deixando para trás
tudo o que me era querido,
pais, mulher e filhos
no meu coração levava.
A ideia de breve voltar
Os anos foram passando,
numa fúria infernal.
1970
Estou esperando Agosto
para te poder visitar
ó meu querido Portugal,
e abraçar todos os que
me são queridos
e matar as saudades
que neste coração vão.
De todos os que deixei
meu pai já partiu para o Senhor,
muitos anos já passaram
sem eu lá poder voltar.
Agora enfim,
vou percorrer kilómetros sem fim
para poder abraçar,
e matar as saudades
que me estão a sufocar
dos que ainda aí estão,
a minha querida mãe.
1975
Aqui estou de novo
em Portugal,
na aldeia de Sabouga.
Jurei voltar para ti
para não mais te deixar,
ao fim de tantos anos
para ti voltei,
o juramento que fiz se concretizou.
Ao meu Criador agradeço
pelos meus passos guardar
e me fazer voltar.
Mas por muito passei
lá em terras de Angola,
onde o terrorismo assolou.
No norte de Angola,
na vila do Negage,
peregrino fui.
Por muito passei,
vinte anos por lá andei.
Acabando o meu tempo
de imigrante,
com a independência de Angola,
trabalhei na Força Aérea,
aeródromo nº3,
na base do Negage.
Muitos que por lá passaram,
me devem ter conhecido,
o Casimiro Francisco.