quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dados Gerais de Sabouga

História de Sabouga

A aldeia de Sabouga fica situada na encosta da Serra do Bidueiro, a 10 km da sede do concelho Vila Nova de Poiares, e a 2 km da Junta de Freguesia das Lavegadas. Tem por vizinhos Igreja Nova, Mucela, São Pedro Dias, Vilarinho do Alva este pertencente ao concelho de Arganil.

O clima normal, o solo pedragulhoso e montanhoso fizeram do povo de Sabouga "gente dura", isolada de aglomerados populacionais. ~
Não sabemos quais os primeiros povos que aqui habitaram, mas sabemos que é muito antiga segundo as lendas referem-se aos mouros, mais tarde chegam os romanos estes sim, com uma civilização muito própria instalam-se e deixam as suas marcas em pontes e calçadas como se vê na freguesia. Ao certo não sabemos a origem dos povos de Sabouga.
No século XII, ano de 1126, Sabouga aparece em documentos que estabelecem os limites de um domínio estabelecido por D. Teresa mãe de D. Afonso Henriques, a favor do então Alcaide de Coimbra Randolfo Soleimas.
O aparecimento de Sabouga terá resultado de circunstâncias normais ligadas ao povoamento e ao aproveitamento do solo. Umas leiras de terra de preferência em zonas abrigadas e com água, espaços premissores da actividade pastoril e agrícola. Eis algumas condições para a fixação humana, ao fundo da povoação corre a ribeira de Sabouga que desagua no rio Alva, pequeno curso de água ficando quase seco no Verão, irriga algumas propriedades e em tempo as suas águas movimentavam alguns moinhos e um lagar de azeite que era o lagar da ribeira.

Uma breve referência a Santo Inácio de Antioquia que os antigos de Sabouga escolheram para seu padroeiro. Em tempos exactos da vida de santo Inácio, terá sido cerca do ano 50, teria sido elevado a bispo de Antioquia capital da Síria pelos anos 80 90. Ao tempo de uma violenta perseguição contra os Cristãos, Inácio, confessando corajosamente a sua fé, foi condenado a morrer em Roma, oferecido às feras. Conduzido por 10 soldados, saíu de Antioquia a caminho de Itália. No decorrer da caminhada terá escrito algumas cartas onde fala com entusiasmo no seu próximo martírio. A memória litúrgica de santo Inácio de Antioquia celebra-se a 17 de Outubro.



Padroeiro Santo Inácio de Antioquia.

População 42 pessoas.

Fogos 31, alguns devolutos.

Eleitores Desconheço.

Actividades económicas Agricultura e em tempos pastorícia.

Gastronomia Chanfana, chispe, arroz de fessura, broa triga milho, arroz doce, aletria, leite creme, queijo de cabra.

Fauna Coelho, perdiz.

Flora Eucaliptos e pinheiros bravos.

Paisagens de relevo Serra do Bidueiro.

Artesanato Tapeçaria de mantas e tapetes, rendas, em tempos não longínquos faziam-se socos, tamancos e mós para os moinhos.

Colectividade Centro recreativo de Sabouga.

Festas Santo Inácio de Antioquia.


Património Arquitectónico

Capela: fica situada na ponta mais elevada da povoação, na ponta sul, sendo a capela antiga demolida e construída outra no mesmo sítio na década de 80.

Eira dos bailes: fica na nascente do povo, onde se faziam na década de 50 a 80 os bailes ao ar livre.

Chafariz: na rua da fonte, tendo ao lado uma pia de pedra onde o gado bovino bebia.

Lavadouros do povo


Património Natural

Miradouro: Serra do Bidueiro com vista para a Serra da Estrela, Buçaco e Caramulo. Vista espectacular, digna de se ver. Penedo do Bico, Calhau da Escada e pedreira.

Ribeira: passa ao fundo da povoação.

Largos: Lages, Eira e Coradoiro.



Lazer: Parque infantil.

Empresas: Fabrico de Farturas Liliana, Tecelagem, Fabrico de mantas e tapetes.




Perspectivas do futuro que gostaria de ver

Caminho limpo dos currais para a serra, acessos limpos ao Calhau da Escada e Penedo do Bico e pedreiras, ruas de Sabouga sinalizadas com respectivos nomes, um pelourinho às Lages em homenagem aos soldados combatentes da 1ª Guerra Mundial e da Guerra Colonial, se possível descobrir a nascente da ribeira.




É de todo necessário e conveniente que todos nos saibamos envolver em torno do progresso e do desenvolvimento da aldeia, trabalharmos juntos para deixarmos de ser o calcanhar de trás da serra do concelho como muitas vezes nos chamavam, num futuro próximo deixarmos de ser calcanhar e passar a sermos biqueira. Tem-se plena consciência que muito tem que se fazer, mas se tivermos um pouco de aspirações ambiciosas e bairristas, porque sabemos o que cremos e com força de vontade consegui-lo.

Apelo aos mais jovens para que tenham a iniciativa, temos de ser um povo lutador e unido. Infelizmente a desertificação da aldeia deixa-nos pobres em recursos humanos. Se todos ajudarem dentro das suas possibilidades para aderirmos ao embelezar Sabouga, algo se há-de concretizar.

Airama e sua família dá à família enlutada de António Rodrigues, cidadão da nossa aldeia, os mais sentidos pesâmes pela morte deste cidadão.
A todos muito obrigada!

5 comentários:

  1. olá. nem acreditei qd vi este blog. a minha mãe é de sabouga. passei ai ferias imensas vezes. o meu tio ainda mora ai é o mário silva.

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  2. Ola edyr9, diz que a sua mãe é de Sabouga, pelo que me diz do seu tio, suponho que seja irmã do Mário Silva. Desejo-lhes muitas felicidades, e faço-lhe o apelo para o adyr e sua mãe, visitarem sabouga e ajudem-na a embelezar. obrigada.

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  3. Boa tarde...quando enviei este post enviei com o endereço do meu marido(edy) eu sou sobrinha do Mário Silva, Vanda. A minha mãe chama-se Anália. O meu avô era o Sr. Alfredo, o capador. Há muitos anos que não passo por Sabouga, mas tenho saudades, pois foi um sítio de férias na minha infância e que me marcou tanto pela beleza como pela festa que se fazia.

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  4. Boa noite Vanda!

    Como vai e sua família? Só agora vi e posso responder-lhe.
    Quanto a Sabouga, agora está um pouco diferente, não muito mas a Natureza mantém-se, quanto a festas, já há alguns anos que não há.
    Conheci os seus avós e conheci alguns tios seus, a sua mãe eu não me lembro dela por ter saído se Sabouga muito nova.
    Desejo-lhe muitas felicidades e quando puderem visitem Sabouga, será um tributo à terra dos seus antepassados. Pena que na casa de seus avós não seja feito um museu com as alfaias de resineiro como num dos artigos diz. As vilas, aldeias, cidades são aquilo que lá fazem, é o que faz falta a Sabouga. As casas dos seus tios e seu primo muito contribuem para o progresso de Sabouga, assim como outras que lá existem, mas se mais houverem maior ficará.

    Um abraço para si e o seu marido, sua mãe e toda a sua família. Muitas felicidades,

    Airama.

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  5. Ola

    Há tempos que não passava pelo blog e hoje lembrei-me.

    É fantástico saber que conheceu os meus avós e tios, pena não conhecer a minha mãe, ela é a mais nova, mas veio muito cedo para Lisboa.

    Perdemos o contacto com os meus primos e já há algum tempo que não falamos, talvez desde o casamento do Inácio. É uma pena, mas este ano quero visitar Sabouga para rever os parentes e também gostaria de a conhecer.

    Um abraço, Vanda

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