domingo, 11 de dezembro de 2016

Recordações

Juventude e crianças de Sabouga no ano de 1954.




domingo, 9 de fevereiro de 2014

Grupo de jovens de Sabouga


Agradeço a quem me cedeu estas fotos, nesta encontra-se um grupo de jovens de Sabouga!

Fotos das festas de Sabouga

 
 
 
Adiciono algumas fotos de recordação das festas de Sabouga:
 
 
 
Década de 80

Década de 80

Década de 60

domingo, 5 de janeiro de 2014

O que era a vida na minha aldeia no Inverno

Embora o Verão estivesse a bater à porta, o frio lá fora insistia em gelar a água.
O vento batendo portas e janelas.
Na aldeia ninguém se importava.
De manhã ainda lusco-fusco, a dona da casa se levantava para acender a fogueira, para preparar o café. Nem sempre era tarefa fácil: primeiro que a chama lenta se acendesse, punha-se a cafeteira ao lume, e quando esta fervia ali se fazia o café, pondo-lhe uma brasa viva dentro da cafeteira para mais depressa a borra assentar.

Pois o tempo urgia, para a horas os homens casa à porta do patrão chegarem. A mulher então continuava a sua lida, tratando dos filhos para irem para a escola, dando a palha ao gado, soltando as galinhas, deitando a vianda aos porcos e só no fim ia tomar o seu café que ficava ao ar do lume numa tigela com broa migada. Depois, tratava dos seus filhos mais pequenos, os vestia e lhes dava o almoço.

No fim de tudo isto, pegava na cesta da roupa ou numa de cesta de esterco à cabeça e lá ia, ou para a ribeira lavar a roupa ou para o campo a tratar da sua lavoura. Muitas das vezes com filhos pequenos, uns ao colo, outros ainda a mal andarem. Lá ia ela levando o rebanho das ovelhas e cabras a pastar. Esta mulher heroína que tantos trabalhos fazia ao mesmo tempo, por volta das onze horas regressava para fazer o jantar, muitas das vezes para o ir levar ao marido ou filhos, onde estivessem a trabalhar.

No regresso jantava ela com os filhos pequenos ainda dormindo, e a tarde continuava como a manhã. Agora no amanho de uma leira de terra, para ir tendo uns legumes para o alimento da família.

O serviço mais pesado da lavoura era feito pelos homens.

Passando a semana, chegava-se o sábado. Fazia-se tudo de novo no trato dos animais e filhos. As tardes de sábado eram para se esfregar a casa e se preparar para mais uma semana. À noite, com os filhos pequenos ao redor e uma grande fogueira, punha água numa grande panela para aquecer e numa bacia de zinco que servia de banheira, toda a criançada tomava banho e iam para a cama pois no Domingo vestiam a sua roupa domingueira e iam para a missa com a mãe.

Passado o Domingo, a semana era igual e assim era o dia-a-dia da mulher da aldeia.

Também tinham as suas distrações, que eram as festas como a da Páscoa, Natal e a Festa da Aldeia.

As lembranças que me invadem, na minha memória adormecida, recordações que fluem nos labirintos da minha mente. Tudo isto na época da minha infância.

Ouso agora rabiscar para o papel, do que jaz em mim. Desses momentos em que assisti na povoação à Festa da Aldeia. Quem não recorda com saudade e nostalgia a sua meninice? E quem não fica embuído com espírito jovial ao relembrar com emoção a linda festa que se fazia? São coisas simples do passado, mas que marcaram a vida de cada um de nós. Evocar essas memórias do passado é incessar o nosso espírito e fortalecer as nossas recordações.

Eram dias de azáfama e folia, em que nos dois ou três dias que antecediam a Festa, as prestimosas gentes da nossa aldeia festiva e fervilhante, conviviam em incansável correria para fazer os preparativos, para se fazer a broa (triga milha), para se assar a carne de cabra (chanfana), fazer o pão de ló (chamado bolo do buraco), o arroz doce e a aletria, etc. Tudo começava a ser feito com alguns dias de antecedência.

Nas vésperas deitavam-se os foguetes, para estourar no ar e anunciar que a festa estava prestes a começar. Rapazes e raparigas iam enfeitar as ruas por onde a procissão ia passar. Era a excitação dos mais novos ir ao encontro e dar as boas-vindas ao senhor Lobo que vinha montar a aparelhagem já no sábado à tarde e já ficava ali umas horas a tocar para assim anunciar às aldeias vizinhas que ali era festa.

Domingo de manhã, às seis horas, havia a alvorada. Pelas oito horas, chegavam o grupo de gaiteiros que iriam percorrer as ruas da aldeia. As crianças que na sua correria e alegria iam apanhar as canas doa foguetes, e as exibiam como seus troféus.
Era o cortejo de gaiteiros com a comitiva, domingueiramente vestida, austentando alguns uma fita na lapela do casaco, anunciando que eram os mordomos e assim percorriam todas as ruas da aldeia, com a sua alegria, encabeçados pela sempre agitada, curiosa e barulhenta criançada.

Todos ansiavam, velhos e novos, por este dia. Raparigas e rapazes ansiosos por vestirem seus fatos novos. E os mais idosos, o melhor que tinham.

Faziam-se os manjares da festa, por volta do meio-dia iam para a capela ouvir a missa seguida de sermão e procissão. Pelas ruas levando as raparigas as tradicionais fogaças que eram compostas por um caçoilo de carne, uma broa, arroz doce, uma garrafa de vinho, um bolo, fruta. Eram os visitantes que compravam estas fogaças para o seu almoço.

Seguia-se o leilão de várias ofertas como batatas, cebolas, galinhas, vinho, azeite, etc.

Terminado o leilão todos iam a correr almoçar, já numa hora avançada pela tarde dentro apressadamente se ia almoçar, porque em breve a folia ia começar e o povo entusiasmado não podia faltar. Era até às tantas da madrugada com os foliões a cantar e dançar na eira ao coradouro do sr. Adriano.

Era um baile lendário, aguardado impacientemente durante o ano. Era no baile que os jovens perdiam a timidez e ganhavam coragem para se declararem às suas pretendidas e dar início ao namoro sempre com foguetes no ar.

Assim terminava o primeiro dia da festa, era ao alvorecer do dia seguinte que começava a ruidosa alvorada, com foguetes a entrondear e a ribombar, que mais parecia pelo ecoar que a aldeia ia desmoronar. Era antes do sol brilhar que o grupo de gaiteiros começava a tocar, percorrendo as enganaladas ruas da aldeia para os moradores ensonados acordar e anunciar que eram horas de levantar, para saudar mais um dia.

Pelas duas horas da tarde já se começava a concentrar a juventude na eira para o baile. Às seis da tarde vinha o sr. Padre para rezar o terço, tudo ia para a capela. Fim do terço tudo vinha em passo apressado jantar para ir novamente para a folia, até altas horas da manhã.

Terminada a folia, ainda a mocidade ia de casa em casa até ser dia. Havia rifas de rebuçados e barracas de café e venda de bebidas do sr. Marquês de Albeite Grande.

Assim eram as festas da minha aldeia, como o seu quotidiano ao longo do ano.
Isto faz recordar o que é a Saudade que invade o coração e faz deslizar no rosto as lágrimas impregnadas de emoções de quem ama de verdade a sua aldeia.

Saudade, das saudades, dos anos 50/60 da aldeia de Sabouga!

Origem do Natal

Airama deseja a continuação de um feliz 2014 para todos os leitores!



O Natal quer dizer o nascimento de Jesus, nessa data celebramos o nascimento do Salvador. Alguns dizem que não celebram o Natal porque não é bíblico, mas a Igreja mostra-nos bem o nascimento de Jesus. Que mais provas precisamos se temos a referência do alistamento a que foram obrigados no tempo do imperador César Augusto, quando reinava na Palestina, José e Maria tendo que ir de Nazaré a Belém, pois José era da linhagem da casa de Davi. Também sabemos da ira do rei Herodes quando foi enganado pelos reis magos, e da sua crueldade de mandar matar todas as crianças com menos de 2 anos de idade.

Eu celebro exactamente o Natal porque o primeiro Natal foi altamente celebrado e até os anjos participaram nessa festa, glorificando a Deus pela encarnação do Verbo. Além disso, pastores que estavam no campo ao receberem dos anjos Novas de grande alegria celebraram o nascimento de Jesus.
Estamos a evidenciar que Ele não é um deus falso, mas sim um Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.

Natal é uma festa diferente de todas as demais, que todo o ser humano gosta de festejar, mas muitos deles não sabendo a sua origem e outros sabendo e ignorando-a.
Não importa que Jesus não tenha nascido a 25 de Dezembro, o que importa é que Ele esteja presente em cada família que se reúne em Seu nome para festejar a Sua vinda ao mundo.

O Natal é a solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A celebração do Natal foi instituída oficialmente pelo Papa Libério no ano 354 d.C..
Todos sabemos que o 25 de Dezembro não é a data certa do nascimento de Jesus, segundo certos eruditos o dia 25 de Dezembro foi adoptado para cristianizar as festividades pagãs que vários povos celebravam por altura do solistício do inverno ( o dia mais pequeno do ano). Uma festividade principalmente romana dedicada ao nascimento do deus sol.
Então a Igreja entendeu que devia adoptar o 25 de Dezembro para coincidir com esta festividade e assim cristianizar os pagãos.
Todos nós sabemos que em tempos antigos o deus de Roma era o sol.

Para mim e todos os verdadeiros cristãos que dão o verdadeiro sentido ao Natal como celebração do nascimento de Jesus, estando em comunhão com Ele é trazido à memória que o Natal tem um sentido mais profundo além do materialismo que se pratica nestes dias, é uma data de grande significado espiritual.

Pelo Natal é costume fazer-se a troca de presentes, isso simboliza como os reis magos deram os seus presentes a Jesus. Ele é a luz do mundo, e daí as pessoas gostarem de usar velas ou luzes para enfeites e decoração.

O Natal significa paz, alegria, fraternidade, tudo o que o verdadeiro cristão deve ser e praticar ao longo do ano e não só neste dia.

domingo, 21 de julho de 2013

BOA NOITE A TODOS OS CONTERRÂNEOS!

AQUI ESTOU DE NOVO, APÓS UNS MESES DE AUSÊNCIA.




                               OS TEMPOS EM QUE VIVEMOS

    Muitos dizem ser de democracia, eu digo ser uma escravatura disfarçada.
Somos todos escravos de um sistema de uma vida aparentemente livre, temos que pagar e bem pago, por tudo e para todos se queremos fazer parte desta sociedade.
Começando bem pequeninos ao irmos para os jardins escolas; daí para a escola aonde somos obrigados a passar nos exames, ter boas e médias notas para se entrar na faculdade; ter-se aí boas notas para se conseguir um estágio, ter uma boa avaliação,  para se arranjar emprego e ganhar o primeiro ordenado. A seguir construir familia, comprar carro, casa, etc... Depois ter filhos que nos dão mais e mais despesas, a ponto de precisarmos pedir créditos, que nos são dados como flores na Primavera. Era só pedir... Pelo menos até à bem pouco tempo assim era.
   
    Quem manda no sistema estava-se marimbando que as pessoas tenham dívidas, eles é que lucram bastante com os juros, e assim sendo temos de trabalhar e com ordenados a maioria das pessoas, bastante  baixos.
    Todos os meses temos que contribuir para uma reforma que poderemos ou não gozar a partir dos sessenta e tal anos.
    Quando chegamos aos setenta anos, outros ainda mais novos somos enfiados nos lares e abandonados pelos filhos que não têm tempo para nos visitar porque estão a seguir o mesmo jogo que nós.
    Quem assim não fizer  "é um falhado",  fica marcado pela sociedade.

    Mas estamos convictos que somos livres porque estamos em democracia.
    Se repararmos bem a pura realidade é que 95% da população está presa neste ciclo vicioso, por vezes mesmo que queiram tem muita dificuldade em mudar seja o que for.
Pode-se escolher a marca dos sapatos, da roupa, de um carro etc... Mas tem-se pouca margem para decidir o que realmente fazer na maioria das vezes. Esta é a melhor forma de escravatura e, nem sequer nos apercebemos que somos escravos de nós mesmos.
    Vamos fazer o quê, para percebermos que estamos errados...
    As pessoas de outros  países estão a dar rumo às suas vidas, a decidir viver vidas mais simples, para lutar contra essa escravatura invisível do materialismo desenfreado.    
    Outrora não havia tantos bens materiais, tanta ganância. Vivia-se uma vida  mais calma , não havia tanto stress, hoje vive-se num mundo capitalista tanto para quem pode como para quem não pode.
O povo após o 25 de Abril embriagou-se com todas as regalias e propostas que lhes foram oferecidas nas promessas eleitorais, aos quais nos entregamos votando nos senhores políticos, na ilusão das suas promessas nas eleições, depois andamos quase de joelhos para que nos ajudem e que cumpram com as suas promessas, o que não era nada de mais se o fizessem, era muito bom, o que não acontece.
    Aí vemos que o povo nada consegue, porque os senhores políticos quando são eleitos logo esquecem por completo as promessas que fazem, esquecendo a nobreza da sua função.

    Aí as pessoas ficam cansadas disto, desilusão atrás de desilusão, e se tornam agressivas, mal educadas o que traz mal estar a todos.
    Pergunto eu: Será que somos mesmo felizes nesta sociedade de consumo exagerado, aonde somos vítimas da nossa própria ganância?

    Desde que o mundo existe, que todo o ser humano, tem de lutar para o seu bem estar. Hoje mais que nunca, lutar pela nossa sobrevivência não quer dizer que nos tornemos escravos da nossa ganância.
    Pois "se tu tens eu vou ter melhor", assim se vai abrindo o buraco cada vez mais fundo dando passos largos,  subindo cada vez mais. Lutar sim, mas com moderação, indo até onde se puder. Quanto mais alta for a escada maior a queda será, sempre houve e há-de continuar a haver ricos e menos ricos. Nem todos podem ser doutores, até agora quando se vai à procura de emprego perguntam que habilitações se tem, num futuro próximo talvez procurem "o que sabes fazer?".

NÃO se iludam! Que a DEMOCRACIA NEM tudo resolve. Para depois não se virem escravos das consequências que têm que enfrentar, como agora... Está tudo num caos começando pelo governo.



Até à próxima!

sábado, 29 de setembro de 2012

SENSIBILIDADE E BOM SENSO


Se o medo, ou o receio, pode ter alguma utilidade, saibam que a ignorância jamais terá utilidade alguma...

Por vezes as pessoas não querem ter um raciocínio de uma visão clara, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruidas.

Espero que não estejam no grupo dessas pessoas, em relação à Verdade que Jesus é e ensinou .
 
Não se iludam com tradições ou práticas religiosas não aprovadas por Deus. Caso contrário, quando se encontrarem com ELE, ficarão deveras desiludidos pelas opções que tomaram.
 
O meu apelo é, para que avaliem as crenças e a prática religiosa pela verdadeira doutrina de Deus, a Bíblia, e que não se importem que algumas ilusões, às que estão ligados, sejam destruídas.
 
Saibam que Deus cuidará de vocês e vos apontará o rumo certo a seguir. Não querendo seguir o bom rumo, quando se aperceberem não terão qualquer opção de reabilitação.

Nomeadamente na relação com Deus. Experimentem, pois a sua graça e jamais avançarão para patamares desagradáveis, a qualquer desgraça.
 
Ter um pouco de contenção, só faz bem e é benéfico para a paz e respeito . A não profanarem a memória dos que já partiram, e magoarem os seus com idéias sem qualquer sentido, de bom senso.

MAIS CONTENÇÃO E RESPEITO PELOS SENTIMENTOS DO PRÓXIMO.